"Não me lembro do dia exacto, nem da hora exacta, mas lembro-me exactamente de como me senti. Despertei. Peguei no telefone e digitei o número que pretendia. A chamada estava estabelecida. Estava prestes a receber notícias que ansiava receber há já alguns dias. Mas nem por um segundo equacionei a hipótese de serem tão negras como aquelas que recebi naquele dia. Cancro. Sim, tinha ouvido bem. Cancro."

 

 

Quando eu era pequena, a minha mãe costumava ler-me um livro de um escritor francês muito famoso. Eu nem sempre compreendia bem o que ela lia, mas algumas das frases ficavam a dar voltas na minha cabeça. (…) Havia uma, contudo, que dava mais voltas do que as outras (…) Era assim: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." Eu ficava a cismar nesta frase (…) O coração não tinha olhos! (…) Esta inquietação não me largava. Como é que se via com o coração? E se era mesmo verdade que o olhar do coração era o mais importante, então, era preciso tratar dele com cuidado. Mas como? Desejava tanto encontrar uma maneira de consertar corações com olhares doentes!

 

 

 

«Um dia, à meia-noite, ele viu-a. Era a estrela mais gira do céu, muito viva, e a essa hora passava mesmo por cima da torre. Como é que não a tinham roubado? Ele próprio, Pedro, que era um miúdo, se a quisesse empalmar era só deitar-lhe a mão. Na realidade, não sabia bem para quê. Era bonita, no céu preto, gostava de a ter. Talvez depois a pusesse no quarto, talvez a trouxesse ao peito. E daí, se calhar, talvez a viesse a dar à mãe para enfeitar o cabelo. Devia-lhe ficar bem, no cabelo.»

 

 

 

Francisco Gomes Teixeira foi um importante matemático português nascido em S. Cosmado, Armamar em 1851, sendo o seu valor intelectual reconhecido dentro e fora do país.

 

Conhece mais sobre esta personalidade que é também o patrono da nossa escola.

Publicado em 1932, Admirável Mundo Novo tornar-se-ia um dos mais extraordinários sucessos literários europeus das décadas seguintes. O livro descreve uma sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Contudo, esse mundo quase irrespirável não deixa de gerar os seus anticorpos. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com ele, em parte por ser fisicamente diferente dos restantes membros da sua casta. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver. Sem imaginar sequer os problemas e os conflitos que essa sua decisão provocará. Admirável Mundo Novo é um aviso, um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia de uma falsa noção de progresso.

#178: ENCONTREI O PRINCIPEZINHO // JORGE CABRAL DOS SANTOS

 

 

Quando uma amizade verdadeira acontece, ficamos deslumbrados, como diante de um milagre. Foi precisamente quando o autor do livro procurava desinteressadamente, num puro gesto de dedicação, o seu amigo perdido que se deu o encontro com a maravilha, com o Principezinho. O Principezinho é a pura amizade, a pura alegria de um encontro, a revelação do que há de mais belo e mais inocente no íntimo de nós. É a nossa infância esmagada debaixo do peso do tempo, sufocada sob os escombros do barulho e da agitação infrene. Se retirarmos toda essa inutilidade, o menino que já fomos há-de voltar a aparecer. Se tão raramente aparece é porque não procuramos o silêncio, não paramos um pouco, não sabemos regressar ao começo do mundo, quando o olhámos pela primeira vez.

 

 

De onde vem a Europa? Como e desde quando ela existe enquanto tal? Quais são as suas fronteiras? Como é que este continente se unificou, o que é que o uniu anteriormente e o que é que o une hoje em dia? Como nasceu a Europa da cristandade, das ideias humanistas, dos inventos científicos, das revoluções políticas, da cultura democrática? E porque é que ela se dividiu tão frequentemente, em guerras entre nações, regiões, povos europeus, e em guerras contra outros povos? Que balanço deixa da colonização? Como explicar o trágico século XX? Para onde vamos agora, com a União Europeia? De que Europa nos devemos recordar, que Europa devemos construir? A todas estas questões responde Jacques Le Goff, um dos mais prestigiados historiadores e intelectuais europeus, defensor convicto da unidade europeia. Numa altura em que, mais do que nunca, é necessário conhecer o continente onde nos inserimos, para nos integrarmos conscientemente nele, preservando a nossa identidade Plano Nacional de Leitura

 

Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada - Grau de Dificuldade I.

#176: TRASH // ANDY MULLIGAN

 

 

 

Num país do terceiro mundo, num futuro não muito distante, três rapazes tentam sobreviver nas montanhas de lixo nos subúrbios de uma metrópole. Num dia de sorte e azar, Raphael encontra algo muito especial e misterioso. Tão misterioso que decide guardar, mesmo que a polícia da cidade ofereça uma bela recompensa pela sua devolução. Essa decisão traz terríveis consequências, e em breve os rapazes do lixo vão ter de usar toda a sua astúcia e coragem para escapar aos seus perseguidores.

 

 

Trash - Os Rapazes do Lixo é um romance policial para leitores jovens, cuja leitura será interessante para os menos jovens, igualmente. Publicado em mais de 15 países, este é um livro sobre como a esperança e a determinação podem transcender até a pobreza mais indigna.

#175: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO? // SPENCER JOHNSON

Quem Mexeu no meu Queijo? É isso que Fungadela, Correria, Pigarro e Gaguinho querem saber.

Os quatro amiguinhos vivem num grande Labirinto e todas as manhãs percorrem-no em busca daquilo que os faz felizes: o Queijo Mágico! Um dia encontram uma enorme quantidade de Queijo. É tanto que parece que vai durar para sempre. Contudo, certa manhã, descobrem que o Queijo desapareceu e é então que tudo muda. Quem mexeu no queijo? Será que ele vai voltar? Ou será que os quatro amigos terão de se aventurar mais uma vez pelo Labirinto para encontrar mais Queijo?

Agora os jovens leitores também podem desfrutar da história do best-seller Quem Mexeu no Meu Queijo? e aprender, de uma forma muito divertida, como lidar com a mudança.

 

 

 

 

Sam Capra tem uma única razão para viver: recuperar o filho das pessoas que o raptaram. Agora, os raptores fazem-lhe uma proposta mortal: entregam-lhe o bebé… se Sam concordar em cometer um assassinato espetacular. Aliando-se a uma jovem mãe cuja filha desapareceu, Sam parte em busca do seu filho pelo país fora numa corrida perigosa e desesperada contra o tempo.

#173: AS NAUS DE VERDE PINHO // MANUEL ALEGRE

 

 

 

Com o seu admirável ritmo narrativo e clareza de escrita salpicada de humor, Mário Zambujal apresenta-nos Eva Teresa, garota de onze anos, e Filipe, rapaz de dezoito, que namora com a irmã, Rosália. Há uma grande empatia entre a pequena e o futuro cunhado, mas a vida afasta-os com a viagem da família para o Brasil. Eva torna-se mulher e Filipe acaba por se apaixonar por ela, levando-o a viajar ao seu encontro. Entre episódios imprevisíveis que enlaçam mistério e comicidade, ambos só se reencontram em Sintra onde iniciam um romance atribulado. No seu estilo inconfundível, Mário Zambujal traz-nos uma obra em que se aliam a vontade de saborear cada passo da trama e o prazer da leitura.

 

 

 

Com o seu admirável ritmo narrativo e clareza de escrita salpicada de humor, Mário Zambujal apresenta-nos Eva Teresa, garota de onze anos, e Filipe, rapaz de dezoito, que namora com a irmã, Rosália. Há uma grande empatia entre a pequena e o futuro cunhado, mas a vida afasta-os com a viagem da família para o Brasil. Eva torna-se mulher e Filipe acaba por se apaixonar por ela, levando-o a viajar ao seu encontro. Entre episódios imprevisíveis que enlaçam mistério e comicidade, ambos só se reencontram em Sintra onde iniciam um romance atribulado. No seu estilo inconfundível, Mário Zambujal traz-nos uma obra em que se aliam a vontade de saborear cada passo da trama e o prazer da leitura.

#171: NUNCA DIGAS ADEUS // LESLEY PEARSE

 

 

 

Num chuvoso dia de outono, Susan Wright entrou numa clínica, matou duas pessoas a sangue-frio e aguardou que a polícia chegasse. Terá sido um ato de loucura? Uma vingança planeada? Susan não parece interessada em defender-se e recusa falar. O seu silêncio estende-se a Beth Powell, a advogada a quem é atribuído o caso. Beth é uma mulher de sucesso com uma carreira brilhante mas nada a preparara para o momento em que identifica a autora daquele crime tão bárbaro.

Quando eram crianças, Beth e Susan juraram ser amigas para sempre. Vinte e nove anos depois, mal se reconhecem. Mas as memórias dos verões felizes das suas infâncias são suficientemente poderosas para as unir de novo. Enquanto as provas contra Susan se acumulam, elas partilham recordações e revelam os segredos que ditaram o rumo das suas vidas.

A amizade entre as duas mulheres torna-se cada vez mais forte mas sobre uma delas pende a implacável mão do destino…

 

 

 

O Beco das Sardinheiras é um beco como outro qualquer, encafuado na parte velha de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já da Mouraria e sustentam as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos, abonados pela doutrina de olisiponenses egrégios. Eu, por mim, não me pronuncio. Tenho ideia de que ali é mais Alfama, mas não ficaria muito escarmentado se me provassem que afi nal é Mouraria. Creio que o nome lhe vem das sardinheiras que exibem um carmesim vistoso durante todo o ano, plantadas num canteiro que rompe logo à esquina, não longe da drogaria que já fica na Rua dos Eléctricos. A gente que habita o Beco é como as demais, nem boa nem má. Tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas coisas. Desde há muito tempo que não há memória de que algum dos do Beco tenha emigrado de livre vontade.

#169: FINALE // BECCA FITZPATRICK

 

 

 

Nora está absolutamente certa sobre o seu amor por Patch. Anjo caído ou não, Patch é o homem da sua vida. A herança e o destino que couberam a Nora ditam que terá de ser inimiga do seu amor, mas não há como lhe voltar as costas. Agora, Nora e Patch deverão unir forças para enfrentar o derradeiro desafio. Assistiremos ao regresso de velhos inimigos e ao nascimento de novos aliados. Um amigo será o protagonista de uma inesperada traição que ameaçará a paz com que Patch e Nora sonham tão desesperadamente. As linhas da batalha estão formadas¿ mas de que lado devem lutar? E, no final, será o amor capaz de conquistar todos os obstáculos?